Para mim

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     Há muitos dias me sinto assim... O porquê, como sempre não sei. Estou cansada, sem motivação, arrastando dias após dia um peso que já não suporto mais. Necessito me inundar de lágrimas, já que as noites de choro não têm sido suficientes. O tabaco, que sempre me pareceu uma boa opção, dessa vez não me ajudou... nem um, nem dois, nem três cigarros são suficientes. Poderia deitar e dormir durante anos, porém, algo me diz que isso não me traria solução. 

     A monotonia, essa sim ajuda, a seu modo, toda do avesso, fazendo-me sentir pior. Realizar todos os dias a mesma coisa, como uma máquina programada para uma determinada função, sem nenhuma emoção, sem nenhuma opinião a respeito e sem poder alterar nada, e tudo isso para quê? O futuro parece ser sempre a resposta! Mas, por que nos preocupamos em ser feliz amanhã se hoje não somos?

     Eu não sei vocês, mas eu sempre fui do tipo de gente que prefere dar um pause, seja qual for a situação, do que me sujeitar a fazer as coisas sem um quê e um porquê, sem sentir frio na barriga e o coração palpitar.

     Ando farta de me ocupar com projeções futuras ao invés de parar tudo e respirar agora, simplesmente porque preciso. Porque só trocando o ar que se é possível seguir. Porque não quero mais continuar assim.

     Falando em minhas fadigas, saibam que já cansei de me preocupar enquanto os outros não se importam com o que acontece. Não derramo mais minhas lágrimas pela causa alheia, tampouco me responsabilizo por tudo, enquanto alimento a ilusão de que alguém faz o mesmo por mim. Hão de dizer que sou egoísta, e de verdade, essa opinião também já não me interessa, pois me dei conta de que não há ninguém que vá dizer: Obrigada (o) por estar aí, a não ser eu. E essa conclusão, embora não seja bonita, é libertadora.

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