Do que você tem medo?

    Quatro letras, um sentimento: Medo. Segundo o dicionário, essa palavra de origem latina, é a denominação de alguma perturbação resultante da ideia de um perigo real ou aparente. E por mais que, em alguns casos, esse sentimento não passe de uma ilusão ruim, quem de nós nunca sentiu medo? Medo de chorar, medo perder, medo de sentir, medo de querer... Eu poderia passar a vida inteira na árdua tarefa de listar os medos e ainda assim, talvez, não conseguir registrar todos eles, por isso, resolvi falar apenas de mim, dos meus temores, que não são poucos.

     Devo confessar que durante minha vida vim acumulando medos. Tenho medo de altura, da morte e verdadeiro pavor de ratos, mas o meu maior temor atualmente tem endereço certo, e fica aqui pertinho, em meu coração, trata-se de um medo de perder aquilo que acredito me pertencer, tremo de pavor diante do incerto.

     Porém, do que me adiantaria ter consciência de todos os meus medos e ficar parada, paralisada, diante deles, por isso, decretei que, a partir de hoje, meu coração está terminantemente proibido de sentir medo!  

     Ao invés de temer, a missão totalmente possível será arriscar-me mais, afinal, por que ter medo do futuro, se eu posso esperá-lo com fé? Por que temer a humanidade, se ao olhar em volta, posso ver que há sim pessoas muito boas, fazendo coisas ainda melhores, comprometidas e engajadas em manter nossas esperanças.

     Sem medo da vida fica mais fácil vive-lá na integra! Não joguemos a toalha antes de chegar à reta final, pois, sem medo do fracasso, fica mais fácil de triunfar. E se o triunfo não vier hoje, amanhã teremos um novo amanhecer, uma nova chance de dizer: "Ei, medo, eu não te escuto mais!"