Cresci em um meio, no qual não foram poucas as vezes em que ouvi alguém dizer, em tom de sabedoria: "Mulher tem que se dar o respeito!". Não, amigo, larga esse bordão de lado, e presta atenção: Mulher tem que se dar o direito!
Todas nós temos o direito de ser feliz, de ser livre, de fazer o que quisermos com nossos corpos e do que vem deles. Queremos que nos queiram, que nos mimem, e o mais importante que saibam quando é o momento de parar, porque se não parar, amigo, aí o bicho pega, afinal toda mulher tem que se dar o direito de gritar, e não permitir que a história volte a nos calar. Sem amarras e papas língua, mulher tem que se dar o direito de amar, de amar outra mulher, de amar quem quiser.
Mulher tem que se dá o direito de falar palavrão, de rezar, tricotar... E nem vem com este papo de que que somos complicadas, quando na verdade é você, amigo, que não sabe o quer. É você que se diz maduro, que rotula e contabiliza as falhas femininas, mas que se indigna quando alguém aponta os teus erros.
Dizem que para entender a nós mulheres é preciso uma enciclopédia, e talvez essa seja uma verdade! Quem sabe escrito e sacramentado em algum lugar, fique mais fácil de compreender que toda mulher tem que se dar o direito de estudar, trabalhar, de ser mãe, de não ser e não querer ser mãe, de brigar, chorar, e de protestar por estes direitos.
Não esperemos nada de ninguém, vamos dar a nós esse presente, que para muitas mulheres ainda é negado. Seja o que você quiser e o mais importante, faça o que você quiser. E sobre os direitos e o respeito que você, amigo, e a sociedade que te formou, ainda não nos dá, bora correr atrás!
Somos mulheres: We can do it!
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