Imagine quão vazia seria a vida sem pessoas para amar e aprender com elas... Que triste seria a vida caso não houvessem os tropeços para nos tirar a certeza dos passos que damos. Remando contra o que muitos acreditam, de que a vida seria perfeita sem as quedas, afirmo com plena convicção que não, obstáculos são pra lá de necessário, quer saber por quê?
Simples, meu amigo, se vivêssemos livres de qualquer dificuldade não aprenderíamos jamais a valorizar a beleza das flores, pois só quem tropeça nas pedras, aprende a observar o caminho e nota as belezas que o mundo oferece. Só quando caímos em consequência de nossos erros é que aprendemos o significado das coisas, e de quebra descobrimos quais são nossas fraquezas. É revelador!
Se a vida não nos ensinasse o que são erros, e como é importante equivocar-se, nossa existência seria um círculo vicioso no qual estaríamos nos ferindo uma e outra vez, sem chegar a lugar ou conclusão alguma; como um trem em uma jornada sem fim, sem que nada nem ninguém pudesse nos deter. Entretanto, o jogo da vida não é assim, ele consiste em levantar-se depois de cair, de abrir os olhos para aquilo que nos faz mal, com o firme propósito de não voltar a sofrer novamente.
É a vida nos tratando como se deve. É a vida, como boa mestra que é, nos dando a oportunidade do equívoco, nos fazendo encarar e reconhecer nossos medos... E creio que aí está o segredo: extrair o melhor de cada momento, mesmo quando tudo parece perdido. Que valor teria viver se não houvesse o medo de perder algo? Poderíamos, de fato, ser totalmente felizes sem os problemas que fazem parte de nossa existência?
Sem os problemas do cotidiano, talvez nem saberíamos o que é felicidade, já que não teríamos o poder de discernimento entre o que está bom e o que está ruim. Tudo seria ilusoriamente maravilhoso, veríamos com bom grado até mesmo o que nos causasse dano, porque sem a bagagem necessária é impossível separar joio do trigo. Porém, sabemos desde sempre que viver de ilusões não traz felicidade.
Por isso, é preciso ser forte e levantar-se depois de cada queda, de pé lutar pelo o que queremos, e depois da luta gozar do êxito de dizer, como o grande Júlio César: "Vim, vi e venci!". E não se engane, as quedas não nos fazem inumes, mas marcam nossas vidas, elas nos ensinam a vislumbrar com mais clareza as oportunidades, e apesar das cicatrizes, pode ser que o que venha a seguir seja o melhor de nossas vidas.
0 comentários:
Postar um comentário